quinta-feira, 15 de julho de 2010

M.N.L.V. (anônima), Casada e enfrentou a doença do seu marido(agressivo) que está CURADO.



(enviada em 27-09-2011)


Eu me identifico muito com este blog e com a Valentina. e por isto resolvi contar o que aconteceu comigo:
Tudo começou quando comecei a me relacionar com uma pessoa que se mostrava ser um deus grego, tudo de bom!
Minhas amigas comentavam que eu tinha tirado o bilhete premiado!e eu pensava assim também. Na época não é que eu fazia vista grossa para sua dependência química,eu achava realmente que eu podia modificá-lo, a tal ponto dele se curar do vício! hoje vejo o quanto era insana! nunca demonstrou em 6 meses de namoro nenhum indício de agressividade muito ao contrário, era mais fácil eu ser agressiva.

A violência física começou bem sutil, por ex.
Ele me mordia pra machucar e fingia que estava brincando, comecei a desconfiar, depois quando era contrariado em alguma coisa que ele considerasse ter sido diminuído, ele fingia que me machucava sem querer, tipo: Estávamos bem deitados der repente sem mais nem menos, ele me dava uma cotovelada na cara, e dizia que foi se virar, e me machucou sem querer. Isso horas depois, que ouviu o que não gostou, eu nem me lembrava mais!

Só depois que ia tentar entender a situação é que eu juntava uma coisa com outra e assim passaram os anos, e eu deixava passar essas violência quase sem dar a importância devida, pois além de eu ter uma alta-estima hiper baixa, tinham outras coisas que exigia muito de mim, tipo 3 filhos pequenos, uma casa que tinha enchentes constante, o alcoolismo dele, a falta de alimentação etc.
Não confiava em deixar as crianças com ele, nem podia contar com sua ajuda, para poder trabalhar fora, porém mesmo com tudo isto eu optava por ficar com ele, e me apegava a suas qualidades que todos achavam ser suficiente para uma mulher!
Um absurdo!
...
Então a violência começou aumentar, e já não era sutil.
Certa vez estava almoçando e eu comentei algo, que ele não gostou, ele veio pra cima de mim com o garfo!
Transtornado, fiquei chocada e daí pra frente só foi aumentando, chegando ao ponto de rasgar as roupas no meu corpo, jogar meus matérias de escola no chão, e até pisar no meu rosto no chão. Então decidi por um ponto final nisso, denunciei!
Violência física e ameaça de morte ele era intimado, comparecia e tentava se consertar, colocava a culpa no álcool e assim foram quatro B.O. (Boletins de Ocorrências) também não aceitava separação, dificultando muito as coisas pra mim!
Eu também tenho um filho que na época exigia muito de mim (especial) a gota d’água para eu sair de casa com as crianças, foi quando, ele colocou as crianças pra fora de casa e disse para elas, eu vou matar sua mãe!

Eles ficaram desesperados gritando sem saber o que fazer, e eu dentro de casa, ele colocou a faca no meu pescoço, e disse se eu falasse um (a) ele cortaria minha veia, isso ele me xingando de tudo e me menosprezando o quanto podia depois desse episódio peguei meu filhos e sai,e claro denunciei.
Depois aconteceram muitas coisas, eu fui fazer tratamento num grupo de apoio, e ele também ia algumas vezes. Comecei vê-lo como uma pessoa doente, que precisa de tratamento diferenciado, e lá nesse grupo aprendi a tratá-lo, em conseqüência disso a melhora foi gradual hoje posso dizer que as violência acabaram, até porque meus 3 filhos são homens feitos, o caçula tem 19 e é soldado do exército.
São totalmente contra covardia com mulher,me protegem de todas maneiras, me apoiam e me ajudam como podem, tenho muito orgulho deles!

Hoje agradeço a DEUS não ter tido ninguém para me ajudar, só assim pude educar meu filhos da maneira que julgo ser correta,principalmente ensinando a amar e respeitar as mulheres. infelizmente tenho visto muito poucas pessoas pra compartilhar dessa educação, mas não tem problema, hoje elas vêem em minha casa e ficam admirando meus filhos e o amor que temos entre nós! Que é muito lindo.
Não é uma relação de serviçal como vejo muito,o meu amor esta no carinho, no abraço, na ternura, não na roupa lavada na comida no prato etc. Não que isso também não seja forma de amar,mas acho que eles fazem uma leitura, de que mulher é pra servi! e eu acho que servi é opção!
Não obrigação! então gente isso foi uma parte da minha historia,faltaram muitos detalhes, mas acho que consegui passar a informação que queria, um abraço a todas nós mulheres vitoriosas.

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