domingo, 3 de fevereiro de 2013

N (Anônima), Dona de Casa, vinte e sete anos, três filhos (uma deles falecida com câncer cerebral) -Casada há dez anos.



(enviada em 05-01-2011)


Ainda continuo casada, não sei até quando, pois dependo totalmente, incluso financeiramente.
Vivo agressões desde o inicio do meu casamento.
No começo era por causa da ex mulher dele, ela infernizava a minha vida e ele não aceitava que falasse mal dela.
Então engravidei tive as duas primeiras meninas e as agressões continuaram, onde ele bebia muito.
Noutro dia após agressões, ele me pedia desculpas, dizendo que foi sem querer e que iria parar de beber, e claro, eu sempre acreditava nele.
...
Os anos se passavam e nada mudava.
Estava decida a me separar dele quando descobri que estava grávida da minha terceira filha e junto com a descoberta da gravidez rbm descobri que minha filha tinha hidrocefalia devido aos problemas na gestação continuamos casados.
Sofri horrores na gravidez,ele me largava em casa sozinha e ia para os bares chegava tarde em casa sempre bêbado.
Chegou a me bater algumas vezes durante a gestação, então passado os nove meses de gestação a minha filha nasceu passei 15 com ela no hospital, então veio à notícia do maior problema da: um tumor cerebral.
Após a cirurgia para colocar uma válvula da cabeça para drenar o líquido do cérebro, descobriram um tumor no cérebro da minha filha. Foram nove meses e 17 dias com minha filha internada numa UTI de um hospital, e ele no mundo das farras.As minhas outras filhas jogadas de casa em casa, e eu sem por fazer nada.

Mal foi visitar a filha no hospital, só nas farras, aproveitando também para tirar "férias da família".
Então veio o “ falecimento da nossa filha”, e ele ficou mais agressivo ainda, pois eu entrei em depressão ,e quando ele vinha me procurar eu estava sempre sem condições de fazer sexo: Ele então me bebia e quando voltava pra casa me humilhava me chamando de “ piranha” e coisas piores: "Dizia que eu não prestava para nada, que eu não trabalhava para ajudá-lo".
...
Hoje já se faz três anos que perdi a minha filha e as agressões só aumentam.
Na virada de ano 2010/2011, fui espancada por ele, e o resultado foi um dedo quebrado, um tímpano do ouvido estourado devido a um soco no rosto, fora as unhadas e humilhações.

Depois de 10 anos pela primeira vez tive coragem de ir à delegacia registrar uma ocorrência policial contra ele, confesso que o que eu fiz me causou medo,ainda estou com medo, pois não trabalho e dependo muito dele, mas eu não agüento mais essa situação de violência, e não quero mais essa vida para mim.
Eu quero ajuda, eu preciso de ajuda!
Já procurei ajuda na Igreja que comecei a frenquentar e fiz queixa na delegacia.
Não tenho onde morar e nem como me sustentar, pra onde vou e viver de quê?
Na igreja falam para eu orar por ele, mas cansei.
Eu quero ajuda, eu preciso de ajuda!!!!!



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